O edifício projetado por Ramos de Azevedo no fim do século XIX tem na simetria um de seus principais elementos organizatórios. A remodelação conduzida por Paulo Mendes da Rocha nos anos 90 rearticula a circulação no interior do edifício incluindo os grandes eixos ortogonais do elevador e das passarelas. Altera também o acesso do público, que passa a ser feito pelo que antes era a lateral do edifício. A adaptação do museu ainda transforma a antiga área externa em interna com a cobertura de vidro do antigo pátio e seu Octógono.
Nosso desenho parte da observação dessas características e busca estabelecer uma relação de tensão positiva através da inclusão da linha diagonal. O programa propunha que o público ganhasse um espaço dentro do museu para deixar sedimentar a experiência da visitação às exposições. Para tal, nessa sala estão disponíveis livros e catálogos referentes às obras e artistas que fazem parte da coleção da instituição, além de dois computadores com acesso às imagens e informações das obras da coleção que não se encontram expostas fisicamente.